quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Benefícios do Jiu-Jitsu

Benefícios do Jiu-Jitsu

- Diminui o stress
- Defesa pessoal tanto para homens quanto para mulheres
- Desinibe os tímidos e acalma os agitados e ansiosos
- Aumenta a auto-estima, auto-confiança e desenvolve o caráter, (esporte de conquista individual)
- Trabalha e define o corpo, como os braços, abdômem e quadril, tanto em homens quanto em mulheres
- Aumenta a resistência do organismo
- Acelera o metabolismo
- Melhora a capacidade cardiovascular e respiratória
- Aumenta a flexibilidade
- Aumenta a coordenação motora
- Aumenta os reflexos

Gasto calórico

- 750 Kcal/H, é o gasto normalmente de um praticante com alguma certa experiência, que consiga completar toda parte do aquecimento do jiu jitsu, podendo se aumentar a queima calórica através dos exercícios aeróbicos e anaeróbicos. Em aula mais avançada de jiu-jitsu pode-se perder até 1.500 Kcal/aula.


Período mínimo para sentir diferença do corpo

- O praticante começa a sentir diferença no corpo e nas condições de luta entre 4 á 6 meses de prática do esporte, com uma freqüência mínima de três vezes por semana. Esse período pode ser diminuído se associado á uma boa alimentação, período mínimo de recuperação do corpo (músculos) e principalmente determinação do praticante.
- Já em termos de eficiência de luta a habilidade individual, freqüência e atenção podem fazer milagres, geralmente em 3 meses de jiu-jitsu um faixa branca já tem capacidade pra lutar com outros lutadores de qualquer nível. Isso se dá pelos objetivos buscados durante a luta o que varia de acordo com a graduação, são os recursos para se atingir esses objetivos.

Obs: O interessante no jiu-jitsu é que a maneira em que se luta torna imprevisível, nunca se sabe como uma luta vai acabar quando dois adversários estão se confrontando, é o verdadeiro xadrez de corpo por isso é praticado por pessoas célebres e inteligentes. “Jiu-jitsu não é violência nem covardia, é sobretudo EFICIÊNCIA, EQUILÍBRIO E TRANQUILIDADE”.



domingo, 28 de agosto de 2011

07 - Aperfeiçoe o seu Jiu Jitsu

Aperfeiçoe o seu Jiu Jitsu

Tudo que você precisa saber para dar inicio, a pratica do Jiu Jitsu, estruturando os alicerces que vão sustenta-lo com firmeza até a FAIXA PRETA.
Iniciantes, em qualquer área, costumam desperdiçar força e energia, faz parte do jogo. No Jiu Jitsu, isso ocorre quando tentam aplicar golpes cujo ajuste é precário. Na ânsia de finalizar o oponente, o iniciante não percebe o quanto está se prejudicando com esse tipo de ataque. Seus antebraços queimam, o fôlego se esgota e o adversário não se sente ameaçado, pelo contrário, tira proveito da situação, ajeitando-se com calma para vencer. De repente vem a instrução do professor: “Enfia a mão primeiro, depois você dá o aperto”.

A finalização não acontece por etapas isoladas. É uma espécie de “processo continuo”, uma cadeia de movimentos, cada um levando ao seguinte, numa progressão incessante. Essa cadeia de movimentos deve respeitar uma ordem lógica de prioridades: antes vêm os ajustes, só depois o bote deve ser aplicado. Inverter essa equação pode transformar um movimento ofensivo num grande fiasco técnico. A afobação do iniciante é uma prova disso. Depois de ouvir a instrução do mestre, o atleta toma fôlego e refaz o ataque, agora aprofundando as mãos nas golas inimigas. Sem precisar desperdiçar força, chega a finalização desejada.

Talvez seja por isso que dizem que o Jiu Jitsu não é um esporte que depende de força e de pujança física, mas sim um bocado de “jeito”. Existe melhor tradução para “jeito” do que “bons ajustes”? “A grande virtude técnica de um FAIXA PRETA não é a quantidade de golpes que ele conhece, mais sim a experiência que ele tem na aplicação de cada golpe”, analisa Carlos Gracie Jr. “O iniciante ainda não conhece as minúcias dos encaixes, o timing dos apertos, ele ainda não sabe o que melhor funciona de acordo com o biótipo do adversário, entre diversas outras coisas”.
Em Resumo: a diferença técnica entre um FAIXA PRETA e um faixa branca está no ajuste dos golpes. Todo mundo está apto a conhecer um armlock, basta assistir a vídeos na internet. Não queremos dizer que a teoria é irrelevante, pelo contrario, é também fundamental. Mas quando falamos de ajustes, estamos falando de pratica. E não exatamente de pratica de repetição de golpes (o que também é fundamental, claro). Falamos, sobretudo, de pratica de luta.
Quem luta sabe que a aplicação de um armlock varia, por exemplo, conforme as características físicas de cada adversário. A matemática de um braço curto é completamente diferente da matemática de um braço de maior envergadura. A musculatura, a flexibilidade, a agilidade... Enfim, são diversos os fatores que se combinam numa situação real de combate, daí o diferencial de um atleta com maior experiência, ele já viveu aquilo diversas vezes, já “SENTIU” aquilo, portanto, tem mais consciência dos ajustes necessários para que o golpe funcione. Isso é o que distancia um lutador experiente de um iniciante.

Aprenda, a seguir, mais dicas para você encurtar seu caminho até a tão almejada FAIXA PRETA.

1 – Respeite as normas de sua academia, horário, higiene e etc. Entenda que numa escola você tem hora pra tudo: para falar, perguntar, para atender telefone. Uma vez que você entra no tatame, sua vida se resume ao tatame, até que a aula termine.

2 – Evite com todas as suas forças brigar na rua. Não pense que você é o Super-Homem.

3 – Respeite seu professor como um pai, como alguém que lhe quer bem. Entenda que os abraços e puxões de orelha estão vindo de alguém que tem mais experiência do que você, independentemente de idade. Certamente ele já passou pelas situações por que você está prestes a passar. Alguns dos conselhos por ele dado vão lhe ser úteis para sua vida inteira.

4 – Respeite seus colegas de treino, com a consciência que cada um tem suas particularidades. Todos ali, ainda que diferentes de você, vão ajudar você na sua formação, dentro e fora do tatame.

5 – Crie um ambiente agradável e favorável na academia, e nada melhor para tal do que fazer amigos, e não apenas colegas de treino. Dependendo da carga de treinos, você vai passar mais tempo no tatame do que na escola ou faculdade, por isso criar laços fortes de amizade e fundamental para treinar empolgado.

6 – Saiba “bater” e evitar ao máximo as contusões. Por desconhecer as consequências de uma chave de braço ou de um estrangulamento, os faixas brancas sempre tentam resistir ao máximo a posições antes de “bater”. Entenda que muito mais importante do que sair de um golpe encaixado, é não entrar nele.

7 – Não encare a faixa branca como um incômodo. Lembre que todo mundo passa por isso, até o Hélio Gracie já foi um faixa branca como você.

8 – Perca a vergonha de perguntar. Pergunte sempre que tiver duvidas, o professor está ali para isso mesmo.

9 – Comece do começo, Aprenda como se amarra a faixa na cintura diante espelho e pergunte para os mais graduados, para te ajudar.

10 – Tenha o Jiu Jitsu como filosofia de vida, não como uma obrigação. Se você treinar com prazer, sua evolução será bem mais rápida, e você vai estar mais bem preparado para a próxima faixa.
11 – Atenção aos movimentos. Toda técnica de Jiu Jitsu baseia-se num conjunto de movimentos. Tais movimentos você aprende com exercícios de repetição que seu professor passa para você manter a postura correta ou até mesmo para você esquentar os músculos e os batimentos. Desprezar movimentos básicos como o “upa”, a virada de quatro apoios, vai resultar num desenvolvimento atrasado de diversas escapadas, inversões e mesmo finalizações. Repita as movimentações passadas por seu professor até que elas estejam realmente fixadas na sua memoria muscular. Depois disso, repita mais algumas vezes.

12 – Caderno e caneta são uteis na academia. Após cada treino, anote a matéria aprendida. Revise suas anotações depois do treino, e antes do próximo. Se possível, procure filmar você no tatame, fazendo movimentações e treinando com os parceiros. Isso ajuda a ver onde erra mais, e serve também para repassar os estudos em casa, e reter mais as técnicas na mente.

13 – Concentre sua mente e seus esforços em sobreviver. Aperfeiçoe suas fugas. Afie as defesas Procure ficar confortável nas posições ruins, para assim ser capaz de respirar e pensar como virar a maré, mesmo na pior hora. Com uma defesa afiada, suas finalizações também serão melhores, pois você perde o medo de arriscar e cair numa posição ruim.

14 – A repetição é a mãe do aprendizado! A única coisa que o faz melhor no Jiu Jitsu são horas de treino. Assimile os golpes. Fazer cem repetições após as aulas, ou antes do treino, como forma de aquecimento, vai ser um ganho enorme para o seu jogo. Repetir a mesma técnica mil vezes um mês vale mais do aprender algo novo todo dia.

15 – Busque a consistência. Treine o máximo possível. Se for capaz treinar duas vezes por dia, faça. Para tal, porém, alimente-se e descanse de forma apropriada. Um FAIXA PRETA é somente um faixa branca que jamais parou de atravessar a porta da academia.

16 – Foque. Há um mundo inteiro esperando você dentro do Jiu Jitsu. Vá chegando devagar, com pequenas mordidas. Trace objetivos curtos, como “vou trabalhar para que minha postura não seja quebrada pelo oponente”, ou “vou afiar de vez essa minha escapada por um mês inteiro”. Focar no básico, não vai fazer você aprender a aquele novo armlock voador que você viu na internet, mas no longo prazo você terá um jogo muito mais consistente do que quem não se aprofundou em nada e nem se concentrou em consertar um buraco de cada vez no seu jogo.

17 – Treine sua respiração e preparo. Alguém já disse que a fadiga torna qualquer um covarde. Cansado, seu oxigênio trabalha menos, e você não consegue se concentrar. Sem prestar atenção, você não aprende. Respire corretamente nas posições ruins, e para isso pratique também com frequência a defesa pessoal, que sempre vai te botar em risco e exigir preparo.

18 – Aprenda com derrotas. Procure a razão por que você perdeu, e treine aquilo para consertar o mais rapidamente possível. O aluno que hoje dá os “três tapinhas” e volta para mais treino é sempre o lutador duro de amanhã. Acredite que você na próxima vai prevalecer, assimile as lições duras e prossiga.

19 – Ame o que você faz. A arte suave tem muito a oferecer a você em diversos aspectos da vida, para sempre. Praticar Jiu Jitsu faz você melhorar sua capacidade de resolver problemas, sua autoconfiança, forma física, coordenação, concentração, força de vontade e perseverança. Perceba no que você está mudando, para assim tornar-se cada vez mais apaixonado pela arte.

20 – Entenda por que o movimento funcionou. Aprenda os conceitos por trás de cada alavanca ou golpe. Perceba o que você está tentando fazer. Isso permite que você adapte cada golpe as mais diferentes situações, de forma cada vez mais automática.
21 – Aprenda a controlar seu ego e vaidade desde já. Ego e vaidade podem te afetar em dois momentos cruciais na sua vida no Jiu Jitsu: na faixa branca e na FAIXA PRETA. Uma das principais razões pelas quais os iniciantes desistem do Jiu Jitsu é por pura vaidade. No começo, esteja preparado para ser finalizado por parceiros menores, mais fracos, mais velhos ou simplesmente que parecem inferiores a você. Deixe sua vaidade de lado, abra sua mente para aprender e lembre que muitas vezes apren- demos mais nas derrotas que nas vitórias.

22 – Consistência X Intensidade. Respeite os limites do seu corpo. Mais vale a consistência do que a intensidade dos treinos no inicio. A repetição das técnicas e a presença constante nas aulas vão desenvolver a memoria muscular, coordenação e linguagem corporal necessárias para que você evolua como aluno. Gradualmente, e conforme o desenvolvimento da sua adaptação as técnicas, aumente a intensidade dos treinos.

23 – Instrua-se sobre a história do Jiu Jitsu. Uma boa forma de entender a arte marcial é estudado seu passado e suas origens. Procure saber sobre a história da família Gracie, os primeiros membros a aprender Jiu Jitsu, as peculiares e modificações feitas para se chegar ao Jiu Jitsu Brasileiro. Assim você vai dar valor a conceitos que antes poderiam ser desprezado, como a técnica capaz de sobrepor a força e o tamanho.

24 – Evite lesões. O Jiu Jitsu é uma atividade física que trabalha muitos grupamentos musculares assimetricamente num mesmo momento. Uma câimbra aqui, uma dor muscular ali podem ser sinais de que você precisa de descanso. Lembre-se da consistência! Um dia de repouso não vai fazê-lo esquecer o que acabou de aprender. Já uma lesão séria, porém, pode deixar você de molho por um bom tempo, e nada é mais difícil do que retornar o ritmo.

25 – Você é aquilo que você come. Lembre-se, o Jiu Jitsu como exercício associa movimentos de força, de explosão, aeróbicos e anaeróbicos. Para uma boa performance em aula você necessita de uma boa dose de energia. Antes de recorrer a uma suplementação vitamínica, reveja seu cardápio. Procure se alimentar corretamente, com alimentos e dietas que ajudem a obter energia, construção e recuperação muscular. Leia sobre a Dieta Gracie e outras dietas voltadas para atletas. Uma boa alimentação também ajuda a prevenir lesões, ou se recuperar delas.

26 – Encare o Jiu Jitsu como uma arte marcial, e não apenas como esporte. Muitos praticantes encaram a atividade somente como esporte, e deixam de aprender mais sobre si mesmo. Observe conceitos próprios desta arte marcial, como lealdade, disciplina, dedicação, respeito, honra, e busque tornar-se um ser humano melhor.

27 – Hora de treinar é hora de treinar. Deixe na porta de entrada da academia toda sua vida, seus problemas e estresses. Você agora tem uma, duas horas para se desligar do mundo, encontrar consigo mesmo, aprender e se divertir. Ninguém no Dojô tem culpa se sua namorada o perturbou, se seu patrão é um pé no saco, se o carro foi guinchado etc. Não é nos seus parceiros de treino que você vai descontar suas frustrações. Na faixa branca você fará amigos para toda a vida, lembre-se disso.

28 – Atenção à higiene. Você treina muito, todos os dias, e mal tem tempo para limpar o kimono, que agora ficou com um cheiro de Cheetos com vinagre, totalmente insuportável. Quem vai querer treinar com você assim? Além de tudo, a ureia e acido úrico do seu suor fazem o kimono durar menos da metade do tempo que duraria normalmente. E mais, se você veio do trabalho ou estava ajustando o carro e não cortou as unhas pode virar uma baita inflamação num colega seu, que vai ficar sem treinar. A boa higiene é recomendável não só para você, mas para os companheiros.

29 – Não tenha medo de competir. Já na faixa branca, quanto mais competir, mais você vai aprender sobre as deficiências no seu jogo. Assim que seu professor der o OK para você competir, faça-o! Lembre-se do item sobre vaidade, e não ligue para resultados. Tente aprender e entender o que precisa ser trabalhado no seu jogo. Peça ajuda a seu professor, faça perguntas, grave suas competições e reveja para achar erros.

30 – Seja agradecido desde o inicio. Aprecie o esforço e a dedicação do seu professor e assistentes. Preste atenção em como seus novos amigos o ajudam nesse começo. Retribua com lealdade, respeito, e uma boa atitude. Não há como alguém se desagradar com uma atitude positiva. Seu time é sua família agora, seus companheiros de treino, seus amigos. Quando alguém precisar de ajuda, estenda a mão, assim como estenderam quando você precisou.
31 – Tire proveito das adversidades. Quando comecei no Jiu Jitsu eu treinava com lutadores mais graduados na academia e eles não me aliviavam. Eu batia muito e foi assim que comecei a tentar desenvolver maneiras de sair do sufoco. Como nunca tive força muscular, acabei tendo que me apoiar na técnica, seria impossível me livrar daqueles ataques à base de força ou explosão. E foi ai que me dei conta de conceitos como autoconhecimento e capacidade de observação. Preste atenção nisso desde as primeiras aulas. O ataque está diretamente ligado à defesa e vice-versa. Quando tento finalizar alguém, presto atenção nos movimentos que meu adversário faz para se proteger e analiso aqueles movimentos que conseguem bloquear com eficiência o meu ataque. Ai eu realizo os movimentos do oponente na hora de elaborar as minhas defesas. O mesmo acontece quando estou me defendendo. Tento perceber quais movimentos do oponente conseguem quebrar a minha defesa e assim eu vou aperfeiçoando o meu jeito de atacar.

32 – Olhar de faixa branca. Você tem que sempre ter uma mente de principiante. Refiro-me a uma maneira de ver as coisas com a qual é possível contemplar qualquer assunto sem julgamentos vaidosos, preconceituosos ou delimitadores. Em outras palavras: se você se considera um sabichão sobre um tema, seja ele qual for, é natural que você se feche a novas considerações. A mente de um suposto expert pode ser prejudicial ao estudo de uma disciplina. Devemos manter sempre um “senso de descoberta” para fazer progresso contínuo.
Quando você pensa que sabe tudo, é impossível lhe mostrar o contrario. Você simplesmente decide parar de crescer. O segredo para evolução no Jiu Jitsu não é a experiência que foi adquirida, mas a atitude de principiante que é mantida. Essa atitude é algo que devemos trabalhar todos os dias de nossas vidas. Curiosidade, Mente aberta, Entusiasmo, Fome de aprendizado e Humildade.
Há sempre o que aprender, mesmo em se tratando de assuntos que você estudou por muitos anos. Um novo jeito de olhar para algo que você considerava antiquado, pode levar a revolução que você vinha procurando, mas não conseguia enxergar pelos olhos de expert. Não deixe a vaidade cegá-lo. A humildade e o “olhar de faixa branca” vão multiplicar as possibilidades para o seu crescimento pessoal e o progresso de seu Jiu Jitsu.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

01- História do Jiu-Jitsu

JIU-JITSU

O jiu-jitsu ou jiu-jítsu, também conhecido pelas grafias jujutsu ou ju-jitsu (em japonês 柔術, transl. , "suavidade", "brandura", e jutsu, "arte", "técnica"(jiu jitsu é a denominação da arte e jiu "jutsu" é a denominação da arte de guerra)é uma arte marcial japonesa que utiliza alavancas e pressões para derrubar, dominar e submeter o oponente, tradicionalmente sem usar golpes traumáticos, que não eram muito eficazes no contexto em que a luta foi desenvolvida, porque os guerreiros (bushi) usavam armaduras.

No Japão, o termo judô foi usado para se diferenciar do antigo jiu-jitsu, quando Jigoro Kano desenvolveu um método esportivo reunindo as técnicas menos perigosas do jiu-jtsu. Os ideogramas Kanji japoneses de Jiu jitsu, podem receber diferentes pronúncias. No caso de "jiu" pode se pronunciar "ju" e no caso do "jitsu" pode se pronunciar "do", ou seja jujitsu, jiujtsu e judo são traduções possíveis para os mesmos ideogramas japoneses. Portanto Jigoro Kano apenas usou uma pronúncia diferente para a velha palavra jiu jitsu, na intenção de denominar sua "invenção".

Mitsuyo Maeda o Conde Koma, foi praticante e estudioso do antigo Jiujtsu e ao visitar a escola Kodokan finalizou por ippon 8 faixas preta em sequência, tornando-se faixa preta(3dan) no estilo Kodokan, que conhecemos hoje como Judo.

O Judo Kodokan é um estilo forte hoje em dia, devidoàs ligações políticas de Jigoro Kano, mas no início, os lutadores do estilo Kosen(estilo com enfoque em Newaza, técnicas de chão) foram superiores nos campeonatos, fazendo com que as regras fossem mudadas para que não fossem mais permitidos os golpes no chão.

Maeda foi imcumbido de levar o Judo para algumas partes do mundo chegando nos EUA e Brasil.

Em suas lutas pelo mundo, sempre aprendia e incorporava técnicas ao seu estilo, e também lutava em exibições, motivo pelo qual foi expulso da Kodokan. Entretanto com a popularidade do JiuJitsu algumas fontes o citam como judoca kodokan no intuito de desmerecer o Gracie JiuJitsu, o que é lamentável.

No Judo Kodokan existem todos os golpes de Jiujitsu e no Jiujitsu existem todos os golpes do Judo, entretanto os judocas não raspam não passam guarda e não "baianam" e os jiujitsuokas não costumam executar projeções de quadril.

Todas as formas de Arte marcial japonesas atuais são "restauradas" tendo em vista que seus idealizadores foram contemporâneos, como Jigoro Kano(Judo), Morihei Ueshiba(aikido)e outros mais novos como mestre Oyama(kiokushin). Estes estilos foram fundados por volta de 1900 como produtos de exportação do Japão para os Gaijin, sendo então estilos desmembrados e deslocados dos contextos antigos, para ensinar técnicas isoladas, uma maneira de não perder a hegemonia nas artes marciais.

Basicamente usa-se a força (própria e, quando possível, do próprio adversário) em alavancas, o que possibilita que um lutador, mesmo sendo menor que o oponente, consiga vencer. No chão, com as técnicas de estrangulamento e pressão sobre articulações, é possível submeter o adversário fazendo-o desistir da luta (competitivamente), ou (em luta real) fazendo-o desmaiar ou quebrando-lhe uma articulação.

História

A história mais divulgada de praticamente todas as artes marciais orientais se insere na mesma tradição lendária da origem do Zen, ao qual se pretende que estas artes marciais estejam ligadas em sua origem: o Zen teve origem na Índia, através da difusão feita por missionários budistas saídos desta região e, nesta linha, se chega à figura lendária de Bodhidharma, indiano que teria sido o 28º patriarca do Zen, fundador do Mosteiro Shaolin, na China, de onde se teriam originado os estilos do kung fu (Wu Shu), exportados para o resto do Oriente nesta clara tentativa de ligar todas as artes marciais orientais a esta lendária origem comum com a origem do Zen.

Mas se mesmo esta origem do Zen, na literatura especializada no assunto, é vista pelos estudiosos sérios, como Allan Watts, como tentativa piedosa de traçar uma ligação contínua da tradição com a origem remota na figura do Buda, com muito mais razão o estudioso sério de artes marciais deve ser alertado para o perigo de aceitar a Índia ou mesmo a China como "origem" de todos os estilos de luta oriental.

Segundo um especialista do quilate de Donn Draeger, Ph D em Haplologia e especialista em Artes Marciais orientais, “o jujutsu em si é produto japonês”. Para ele, atribuir ao Jiu jitsu origem mesmo chinesa (sobre a “origem indiana” ele nem cogita) é o mesmo que atribuir ao inventor da roda o desenvolvimento dos carros modernos... (Donn F. Draeger. Classical Budo. p. 113). Mesmo numa obra escrita por autores da família Gracie, como o livro de Jiu jitsu do Royce e do Renzo Gracie, vemos uma discussão mais realista sobre esta questão das origens do Jiu-jitsu.

Antigamente havia vários estilos de jiu-jitsu, e cada clã tinha seu estilo próprio. Por isso o jiu-jitsu era conhecido por vários nomes, tais como: kumiuchi, aiki-ju-jitsu, koppo, gusoku, oshi-no-mawari, yawara, hade, jutai-jutsu, shubaku e outros.

No fim da era Tokugawa, existiam cerca de 700 estilos de jiu-jitsu, cada qual com características próprias. Alguns davam mais ênfase às projeções ao solo, torções e estrangulamentos, ao passo que outros enfatizavam golpes traumáticos como socos e chutes. A partir de então, cada estilo deu origem ao desenvolvimento de artes marciais conhecidas atualmente de acordo com suas características de luta, entre elas o judô e o aikidô.


O Jiu-jitsu era tratado como jóia das mais preciosas do Oriente. Era tão importante na sociedade japonesa que chegou a ser _ por decreto imperial _ proibido de ser ensinado fora do Japão ou aos não japoneses, proibição que atravessou os séculos até a primeira metade do século XX. Era considerado crime de lesa-pátria ensiná-lo aos não japoneses. Quem o fizesse era considerado traidor do Japão, condenado à morte, sua família perdia todos os bens que tivesse e sua moradia era incendiada. Com a introdução da cultura ocidental no Japão, promovida pelo Imperador Meiji (1867-1912), as Artes Marciais caíram em relativo desuso em função do advento das armas de fogo, que ofereciam a possibilidade de eliminação rápida do adversário sem o esforço da luta corporal. As artes de luta só voltaram a ser revalorizadas mais tarde, quando o Ocidente também já apreciava esse tipo de luta.

Por muito tempo, o Jiu-jitsu foi a luta mais praticada no Japão, até o surgimento do Judô, em 1882. O Jiu-jitsu caiu em desuso e perdeu a sua popularidade quando a polícia de Tóquio organizou um combate entre as escolas mais famosas de Judô e Jiu-jitsu que teve por resultado 12 combates de 15 ganhos pelo Judô e um empate. Desta forma a polícia de Tóquio, que resume a sua eficácia a arte marcial pois não usavam armas, escolheu a prática do Judô, desta forma o Judô ganhou fama e popularidade por todo o Japão. Mas o Jiu-jitsu não foi esquecido nem apagado, a sua prática foi mantida viva por algumas escolas. Nos dias de hoje é difícil encontrar a arte marcial antiga e original do Jiu-jitsu pois sofreu algumas variantes e influencias de outras artes marciais de forma a adaptar-se as novas realidades e necessidades dos praticantes.

As principais escolas japonesas de Jiu-jitsu são as seguintes:

  • Araki-ryu
  • Daito-ryu aiki-jujutsu
  • Hontai Yoshin-ryu
  • Sekiguchi Shinshin-ryu
  • Sosuishitsu-ryu
  • Takenouchi-ryu
  • Tatsumi-ryu
  • Tenjin Shinyo-ryu
  • Yagyu Shingan Ryu
  • Yoshin Ryu

No Brasil

Em 1917, Mitsuyo Maeda, também conhecido como conde Koma, foi enviado ao Brasil em missão diplomática com o objetivo de receber os imigrantes japoneses e fixá-los no país. Sensei da Academia Kodokan de judô, Maeda ensinou Carlos Gracie em virtude da afinidade com seu pai, Gastão Gracie. Carlos por sua vez ensinou a seus demais irmãos, em especial a Hélio Gracie. Neste ponto surgem duas teorias. A primeira alega que Maeda ensinou somente o judô de Jigoro Kano a Carlos, e esse o repassou a Hélio, que era o mais franzino dos Gracies, adaptando-o com grande enfoque no Ne-Waza - técnicas de solo do judô, ponto central do jiu-jitsu desportivo brasileiro. Para compensar seu biotipo, a partir dos ensinamentos de Carlos, Hélio aprimorou a parte de solo pelo uso do dispositivo de alavanca, dando-lhe a força extra que o mesmo não dispunha. A segunda teoria, apoiada pelos Gracies, fala que Maeda era, também, exímio praticante de jiu-jitsu antigo, como Jigoro Kano, e foi essa a arte que ensinou ao brasileiros. Porém, em uma recente entrevista, Hélio Gracie afirma que "Carlos lutava judô", que "Não 'existe' mais Jiu-Jitsu no Japão, e que os lutadores de Newaza japoneses que praticam MMA hoje em dia, são essencialmente Judocas" e finalmente que "Criou o Jiu-Jitsu existente hoje.". É certo que o jiu-jitsu tradicional de muito difere do praticado no Brasil atualmente. Este possui mais imobilizações, chaves e finalizações, privilegiando o uso da técnica em detrimento da força; assemelhando-se bastante ao Judô da época de Jigoro Kano, o Judô existente antes da Segunda Guerra Mundial, ensinado à Mitsuyo Maeda, onde vigoravam as regras "Kosen", que privilegiavam o trabalho de solo sem limite de tempo. Tais evidências, acompanhadas pelos clamores de Hélio ao fim de sua vida, enaltecem a probabilidade da teoria de que o Jiu-Jitsu brasileiro surgiu do Judô ser verdadeira.